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quarta-feira, 31 de março de 2010

ESO divulga imagem de nebulosa pouco conhecida

 No lado direito da imagem, o gás quente de hidrogênio é iluminado por uma estrela azul chamada V391 Velorum.    Foto: ESO/Divulgação


            O observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), divulgou nesta quarta-feira, dia 31, a imagem de uma nebulosa pouco conhecida, a Gum 19, que no infravermelho aparece escura em uma metade, e brilhante na outra. Em um dos lados, o gás quente de hidrogênio é iluminado por uma estrela azul chamada V391 Velorum.
           Novas estrelas encontram-se em formação no interior da faixa de matéria luminosa e escura. Depois de muitos milênios, estas novas estrelas, juntamente com a explosão final de V391 Velorum como supernova, irão provavelmente alterar a atual aparência de Gum 19. Gum 19 está situada na direção da constelação de Vela a uma distância de aproximadamente 22 000 anos-luz.
           As nebulosas são nuvens de poeira, hidrogênio e plasma, com intensa formação de estrelas, e podem ter vários formatos e cores.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Cientista amador tira fotos do espaço com câmera amarrada a balão


            O cientista amador britânico Robert Harrison tirou fotografias da curvatura da Terra que impressionaram até os técnicos da Nasa (agência espacial americana).
            Harrison usou uma câmera barata, que lançou ao céu dentro de uma caixa de isopor amarrada a um balão. Um dispositivo eletrônico ajudou o entusiasta de astronomia a localizar a câmera.
           Com a altitude, o balão estourou e Harrison recuperou a câmera e as fotos.
          Ele disse que o projeto custou o equivalente a US$ 700.

Veja o vídeo com as fotos no youtube:  

http://www.youtube.com/watch?v=iqsc6jI_GLU

segunda-feira, 22 de março de 2010

Movimentos da Terra

Costuma-se dizer que a Terra “anda” em volta do Sol. Como é o seu movimento? Como é que sabemos isso?

De fato, a Terra tem dois movimentos ao mesmo tempo:

• Movimento de rotação.

• Movimento de translação.

A rotação consiste no movimento giratório da Terra em torno do seu eixo, uma linha imaginária que passa pelo centro da Terra e que atravessa a superfície desta nos chamados pólos Norte e Sul (figura 1.5). O pólo Norte é o ponto da Terra de onde se vê a estrela Polar quase por cima. O pólo Sul é o ponto oposto, do outro lado da Terra. Daí não se vê a estrela Polar. Não faz sentido dizer que o pólo Norte está por cima do pólo Sul, uma vez que as noções de “cima” e “baixo” dependem do ponto de vista: para uma pessoa no pólo Norte, o pólo Sul está para baixo, mas, para uma pessoa no pólo Sul, é o pólo Norte que está para baixo... O sentido “para baixo” dirige-se sempre para o interior da Terra!

Um plano perpendicular ao eixo de rotação da Terra e que a divide em duas metades, chamadas hemisfério Norte e hemisfério Sul, marca na superfície terrestre uma linha chamada equador (figura 1.5).

Figura 1.5 – Movimento de rotação da Terra, com o eixo da Terra, os pólos Norte e Sul e o equador. A metade de cima, na figura, é o hemisfério Norte e metade de baixo é o hemisfério Sul.

A translação consiste no avanço do centro da Terra ao longo de uma curva fechada em redor do Sol (figura 1.6). Dizemos que descreve uma órbita (ou trajetória). Essa órbita parece circular mas, em rigor, é uma curva chamada elipse. Esse movimento dá-se com a velocidade de 30 quilômetros por segundo: isto significa que, em cada segundo, a Terra anda 30 quilômetros. Durante a translação, o eixo de rotação da Terra faz um ângulo de 23º com o plano da órbita da Terra.

Podemos, pois, comparar o nosso planeta a uma bailarina, que dá volta em torno de si própria. Mas essa bailarina não está sempre no mesmo sítio... O movimento da Terra em volta do Sol é semelhante ao de uma bailarina que, rodando sobre si mesma, anda em volta de um ponto do palco. Para complicar, não é uma bailarina vertical, mas sim um pouco inclinada...

Figura 1.6 – Movimento de translação da Terra.

Como nos apercebemos dos movimentos de translação e de rotação da Terra?

Translação

Observando com atenção do mesmo lugar (podemos usar o relógio de Sol construído na experiência anterior), verificamos que o Sol nem sempre nasce no mesmo sítio do horizonte e nem sempre se põe no mesmo lugar. Então onde fica a direção do Oriente num certo lugar? De fato, o Sol só nasce exatamente a Oriente e só se põe exatamente a Ocidente nos dias 21 de Março e 23 de Setembro (os equinócios de que já falamos). Mas, qualquer que seja o dia do ano, passado um ano (cerca de 365 dias), o Sol volta a nascer no mesmo lugar.

Por outro lado, observando ao longo do ano, também do mesmo lugar, mas de noite, verificamos que o aspecto do céu à mesma hora da noite não é o mesmo todos os meses. Mas tudo se repete de ano a ano. Vemos o céu noturno diferente todos os meses, porque a Terra se está a mover no espaço e “fica virada” para zonas diferentes do céu à medida que os meses passam (por exemplo, o céu visto de Portugal não é o mesmo em Janeiro e em Agosto, figura 1.13).

O tempo que a Terra demora a dar uma volta completa em volta do Sol não é exatamente de 365 dias, mas sim 365 dias e 6 horas, pelo que, de quatro em quatro anos, existe um ano com um dia a mais no calendário, sempre o último de Fevereiro. Esses anos são chamados bissextos.

Figura 1.12 - Cartas celestes mostrando o céu de Janeiro e o céu de Agosto, vistos de Portugal. O aspecto do céu nesses dois meses é diferente em virtude do movimento de translação da Terra.

Tanto os diferentes lugares onde nasce e se põe o Sol como o diferente aspecto do céu durante os vários meses do ano são explicados pelo movimento de translação da Terra em torno do Sol.

Dizemos que o período de translação da Terra é um ano, o tempo formado por 365 dias e 6 horas. Um jovem de catorze anos já deu, portanto, 14 voltas em torno do Sol. A órbita da Terra em volta do Sol é aproximadamente circular, como dissemos. O raio da órbita da Terra mede 150 milhões de quilômetros:

150 000 000 km = 150 x 106 km = 1,5 x 108 km = 1,5 x 1011 m.

Esta distância é muito grande comparada quer com o raio do Sol (RSol = 700 000 km = 7,0 x 105 km = 7,0 x 108 m) quer com o raio da Terra (RTerra = 6 400 km = 6,4 x 103 km = 6,4 x 106 m). Dá muito jeito utilizar potências de dez para indicar grandes distâncias, porque poupamos zeros. Uma potência de dez constitui o que se chama uma ordem de grandeza. Dizemos que a distância Terra-Sol é duas ordens de grandeza superior ao raio do Sol (para calcular a diferença das duas ordens de grandeza, subtraímos as potências de dez, depois de arredondar a segunda para cima: 11-9 = 2). Por sua vez, o raio do Sol é duas ordens de grandeza superior ao raio da Terra.

Por outro lado, sabemos que os vários meses do ano têm um clima diferente. As quatro estações do ano (Primavera, Verão, Outono e Inverno) caracterizam-se por tempos meteorológicos bem distintos (falamos de tempo meteorológico para o distinguir do tempo dos relógios). No hemisfério Norte, a Primavera começa a 21 de Março, o Verão a 21 de Junho, o Outono a 23 de Setembro e o Inverno a 21 de Dezembro, pelo que as estações dividem o ano em quatro partes aproximadamente iguais (figura 1.13).

Figura 1.13 - Translação da Terra, com a indicação das quatro estações do ano.

No Verão, está mais quente e no Inverno mais frio. Mas o Verão e o Inverno ocorrem em épocas diferentes do ano no hemisfério Norte e no hemisfério Sul. No hemisfério Norte, o Verão vai de 21 de Junho a 23 de Setembro e o Inverno de 21 de Dezembro a 21 de Março. Mas, no hemisfério Sul, o Verão vai de 21 de Dezembro a 21 de Março e o Inverno de 21 de Junho a 23 de Setembro. Tal fato explica-se também pelo movimento de translação da Terra. Contudo, ao contrário do que muita gente julga, o tempo quente no Verão no hemisfério Norte não se deve ao menor afastamento da Terra em relação ao Sol nem o tempo frio no Inverno no mesmo hemisfério se deve ao maior afastamento da Terra em relação ao Sol! Como já afirmamos, a órbita terrestre é quase circular, pelo que a Terra está sempre praticamente à mesma distância do Sol. Acontece que o eixo de rotação da Terra está inclinado do ângulo de 23º em relação ao plano da órbita da Terra (lembramos que foi assim que o colocamos na experiência 1.1). Assim, no Verão do hemisfério Norte, este hemisfério está mais inclinado para o Sol (e o hemisfério Sul está menos inclinado para o Sol). No Verão, a luz do Sol incide mais frontalmente sobre o hemisfério Norte (figura 1.14).

Figura 1.14 - Planeta Terra com o eixo inclinado. Inclinação dos raios solares sobre o hemisfério Norte no Verão. No Verão, há um dia de seis meses no pólo Norte.

Devido à inclinação do eixo de rotação da Terra, durante a Primavera e Verão no hemisfério Norte, é sempre dia no pólo Norte e é sempre noite no pólo Sul (figura 1.14). Do mesmo modo, durante o Outono e Inverno no hemisfério Norte, é sempre dia no pólo Sul e é sempre noite no pólo Norte. A duração dos dias e das noites varia, portanto, à medida que nos afastamos do equador, para Norte ou para Sul.

Resumindo: Os diferentes lugares onde nasce e se põe o Sol ao longo do ano, o diferente aspecto do céu noturno, a sucessão das estações do ano e a diferente duração dos dias e das noites num certo lugar da Terra são, todos eles, explicados pelo movimento de translação da Terra


Nave da Virgin realiza testes para levar turistas ao espaço

Nave da Virgin realiza testes para levar turistas ao espaço

Fonte:
http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI4334065-EI301,00-Nave+da+Virgin+realiza+testes+para+levar+turistas+ao+espaco.html



A nave-mãe White Knight Two (WK2), que carrega a SpaceShipTwo (SS2), realizou o primeiro teste
Foto: Mark Greenberg/Divulgação

        A nave espacial SpaceShipTwo (SS2) realizou nesta segunda-feira um primeiro voo de testes acoplado sob a asa da nave-mãe White Knight Two (WK2), e se prepara para ser o marco da popularização do turismo espacial, tal como foi proposto pelo magnata britânico Richard Branson.

       Este é o primeiro voo de ambas as naves (sem se soltarem) e foi realizado na base aérea do deserto de Mojave, 130 km a noroeste de Los Angeles, anunciou a companhia de Branson, Virgin Galactic, através de uma breve frase em sua página do Twitter, publicada no site da empresa.

        Até o momento não são conhecidos os detalhes desta operação, executada na madrugada de segunda-feira, e eles serão divulgados no transcorrer do dia pelas empresas envolvidas, explicou uma porta-voz da Scaled Composites, a construtora aeronáutica da Burt Rutan, sócia da Virgin Galactic no projeto. A nave espacial da Virgin Galactic prevê transportar, a partir de 2011, turistas dispostos a pagar 200 mil dólares pela viagem.

        O SS2 é uma nave branca com janelas circulares na fuselagem, inclusive no teto, que viajará suspensa sob as asas de uma nave-mãe chamada inicialmente de White Knight Two (O cavaleiro branco). Segundo Branson, a nave foi desenhada para voltar à Terra "como uma pena gigante", para evitar o aumento da temperatura, que faz com que o reingresso à atmosfera seja uma das etapas mais arriscadas das viagens espaciais.

         As naves se separarão a 60 mil pés (18,3 km), "alcançando 2 mil milhas (3,2 mil km) por hora em 10 segundos". Uma vez no espaço, os viajantes poderão deixar seus assentos e observar a Terra através das janelas.

          Para voltar ao planeta, a nave se transforma em uma pena gigante, como foi concebida pela Rután, que marcou a história da aviação em 1986 com o Voyager, o primeiro avião capaz de dar a volta ao mundo sem escalas e sem abastecimento.






quarta-feira, 17 de março de 2010

Comparando o tamanho dos planetas

Texto completo:
http://www.on.br/site_edu_dist_2009/site/modulos/modulo_1/2-planetologia-comparativa/2-planetologia-comparativa.html


A necessidade de compreender de que modo os planetas se comportam como classes distintas de objetos é uma das mais importantes motivações que temos para estudar o Sistema Solar. Há bem pouco tempo várias disciplinas científicas, tais como a geologia e a meteorologia, tratavam apenas de fenômenos associados ao nosso planeta. Hoje essas mesmas disciplinas são estudadas em um contexto muito mais amplo, abrangendo todo os planetas e satélites do Sistema Solar e não apenas a Terra.

Com o acúmulo de dados que possuímos sobre os planetas, podemos dizer que a planetologia comparativa já se estabeleceu como uma das disciplinas fundamentais da astronomia. Seu objetivo principal é investigar os processos físicos que ocorrem (ou ocorreram) nos planetas e como eles funcionam nas diferentes condições encontradas em cada um desses corpos celestes.

Para começar o nosso estudo do Sistema Solar vamos fazer uma descrição das principais características dos corpos que o compõem sob a ótica da planetologia comparativa. Veremos que o Sistema Solar é formado por corpos bastante diferentes fisicamente e, certamente, uma importante pergunta ficará o tempo todo na nossa mente: por que isso aconteceu? Algumas respostas a isso serão dadas ao longo do nosso curso quando estudarmos detalhadamente cada um dos objetos, ou categorias de objetos, que formam o Sistema Solar.



Classificando e distribuindo os planetas no Sistema Solar

Inicialmente podemos separar os planetas do Sistema Solar em duas grandes categorias:

• planetas internos ou terrestres

Os quatro planetas mais próximos do Sol ou seja, Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, são denominados planetas internos ou planetas terrestres. Esses quatro corpos celestes são mundos relativamente pequenos, aquecidos devido à sua proximidade com o Sol e compostos basicamente por rochas e metais. Todos eles têm superfícies sólidas que guardam registros dos processos geológicos que ocorreram neles e que resultaram na formação de crateras, montanhas e vulcões.

• planetas externos ou gigantes

Os quatro planetas seguintes, que são Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, são bem maiores que os quatro planetas internos. No entanto, se comparados com os planetas terrestres, esses quatro enormes planetas são compostos por materiais bem mais leves que se apresentam na forma de gases, gelos e líquidos. Estes quatro grandes planetas, situados após a órbita de Marte, são chamados de planetas externos ou planetas gigantes.

• e Plutão?

Nos confins do Sistema Solar temos o último dos planetas conhecidos, o pequeno Plutão, que não é classificado nem como terrestre e nem como gigante. Curiosamente Plutão é bastante parecido com um dos maiores satélites dos planetas gigantes.


Imagens






As figuras mostradas abaixo comparam (muito aproximadamente) o tamanho do Sol em relação aos planetas do Sistema Solar.

Comparando tamanhos no Sistema Solar



terça-feira, 16 de março de 2010

Introdução ao Sistema Solar

Disponível na íntegra em:


Introdução ao Sistema Solar



Vamos começar o nosso estudo fazendo um rápido "inventário" do que chamamos de "Sistema Solar".

O corpo maior, e certamente o mais importante, no Sistema Solar é o Sol.



Sob o ponto de vista da astrofísica, o Sol é uma estrela relativamente comum podendo ser descrita como uma enorme bola de gás incandescente com 1,4 milhões de quilômetros de diâmetro. Sua temperatura superficial é de cerca de 6000 Kelvin enquanto sua temperatura central supera alguns milhões de graus.

Propriedades planetárias



A distribuição dos corpos do Sistema Solar



Como foi dito acima, o Sistema Solar é muito mais do que apenas os planetas e seus respectivos satélites. Podemos definir o Sistema Solar como sendo o conjunto de todos os corpos celestes, independente de tamanho, estado físico ou propriedades, que estão gravitacionalmente ligados ao Sol e que descrevem órbitas em torno dele. Assim, o Sol é o centro de referência em torno do qual todos os objetos pertencentes ao Sistema Solar descrevem suas órbitas. Entre esses objetos estão incluidos os planetas, satélites, asteróides, cometas, e partículas de gás e poeira interplanetárias que se espalham pelo espaço existente entre os moradores desse Sistema.

Para melhor descrever o Sistema Solar os astrônomos preferem dividí-lo em algumas partes que abrigam corpos possuidores de características semelhantes. Além dos Sol, planetas e seus satélites, existem três regiões no Sistema Solar que, ao invés de abrigarem apenas um corpo celeste, são a moradia de milhares ou milhões de pequenos objetos que também descrevem órbitas em torno do Sol. Essas regiões são:

Cinturão de Asteróides

Localizado entre os planetas Marte e Júpiter, o Cinturão dos Asteróides é o local onde estão distribuídos a maioria dos asteróides que conhecemos.

Cinturão Trans-Netuniano, também conhecido como Cinturão de Kuiper

Esta região em forma de disco, com milhões de objetos, está localizado a partir da órbita do planeta Netuno. Ela é o local de origem de vários cometas que cruzam o Sistema Solar.

Nuvem de Oort

Com possivelmente milhões de objetos, que seriam restos da formação do Sistema Solar, esta é a região mais longinqüa do Sistema Solar, situada muitíssimo depois do planeta mais afastado do Sol, Plutão. A Nuvem de Oort tem a forma de uma imensa esfera que envolve todo o Sistema Solar.

A figura abaixo mostra, esquematicamente, essas regiões.



Algumas unidades de medida de distância usadas na astronomia


Devido ao fato de trabalhar com distâncias e tamanhos muito grandes, os astrônomos utilizam algumas unidades de medida bastante características. Para não falar constantemente em distâncias de milhões de quilômetros, os astrônomos preferem usar duas outras unidades de medida, o parsec e a unidade astronômica.


ano-luz é a distância que a partícula de luz, chamada fóton, viaja em um ano no vácuo. Sua abreviação é a.l..

Qual é o valor de um ano-luz?

Para obter este valor basta calcular o número de segundos que existem em um ano e multiplicar o resultado pelo valor exato da velocidade da luz no vácuo, que é 299792458 metros por segundo.

Podemos dizer então que um ano-luz equivale, aproximadamente, a 9460530000000 km ou então a 9500 bilhões de quilômetros!

comumente aproximamos o resultado mais ainda, dizendo que um ano-luz é equivalente a 1013 km.

Também usamos sub-unidades do ano-luz tais como a hora-luz, o minuto-luz e o segundo-luz.

Uma hora-luz é a distância percorrida pela luz em uma hora. Ela corresponde a 1 079 252 820 km.


Um minuto-luz é a distância percorrida pela luz em um minuto. Ele corresponde a 17 987 547 km.

Um segundo-luz é a distância percorrida pela luz em um segundo. Ele corresponde a 299 792 km.

Importante: o ano-luz e seus submúltiplos, hora-luz, minuto-luz e segundo-luz, são unidades de medida de distância e não de tempo.

"Viajamos 250 anos-luz." (CERTO)

"Viajamos durante 250 anos-luz." (ERRADO)










segunda-feira, 15 de março de 2010

Introdução

O ser humano sempre buscou compreender o funcionamento do Universo. Desde a Antiguidade, os povos observavam as estrelas, cometas e planetas para tentar desvendar os mistérios do espaço. Em diversas civilizações, por exemplo, muitas estrelas e planetas foram transformados em deuses. Muitas lendas contam a origem destes astros e delegam poderes especiais a eles. Mas foi somente durante o Renascimento Científico (séculos XV e XVI ) que o homem passou a ter uma visão mais detalhada e significativa do Universo.


Abaixo um breve histórico da evolução dos conhecimentos sobre astronomia.




750 a.C. - Os egípcios começam a utilizar o movimento do sol para contar o tempo. Surgem os primeiros relógios de Sol.


600 a.C. - O pesquisador grego Tales de Mileto calcula e consegue prever a chegada de um eclipse.


350 a.C. - O matemático grego Eudoxo de Cnidos elabora o primeiro mapa astronômico.


240 a.C. - O grego Eratóstenes faz o primeiro cálculo da circunferência do planeta Terra e chega a conclusão que está distância é de 39.690 km.


140 - Claudius Ptolomeu, pesquisador grego, elabora o primeiro modelo do universo: a Terra ficaria no centro e os planetas e estrelas girariam em torno dela.


1054 - Na China, observadores de estrelas relatam, pela primeira vez, a morte de uma estrela na constelação de Touro.


1304 - O pintor renascentista italiano Giotto faz uma pintura retratando um cometa.


1472 - O astrônomo alemão Johann Müller elabora, com detalhes, estudos sobre a órbita de um cometa.


1543 - Nicolau Copérnico, astrônomo polonês, desenvolve estudos provando a teoria do heliocentrismo. De acordo com ela, todos os planetas do sistema solar giram ao redor do Sol. Esta tese é apresentada no livro Sobre a Revolução dos Corpos Celestes. Embora não aceita pela Igreja Católica, a teoria passar ser um referencial nas pesquisas astronômicas, pois derruba a visão de Ptolomeu sobre o Universo.


1610 - O italiano Galileu Galilei desenvolve um instrumento parecido com um telescópio para observar os astros.


1845 - O irlandês William Parsons elabora o maior telescópio de sua época e descobre as primeiras galáxias espirais.


1851 - O físico francês Jean-Bernard-Leon Foucault comprova o movimento de rotação do planeta Terra.


1862 - O físico sueco Anders Jonas Angströn descobre que o Sol contém hidrogênio em sua composição.


1929 - O astrônomo norte-americano Edwin Powell Hubble descobre que as galáxias afastam-se uma das outras. É a semente para a Teoria do Big Bang, a explosão inicial que deu origem ao Universo.


1963 - O norte-americano Maarten Schmidt faz descobertas sobre os quasares, os astros mais distantes e mais poderosos que existem no universo.


1964 - Os astrônomos Arno Allan Penzias e Robert Woodrow Wilson detectam a luz originária da explosão do Big Bang há 13 bilhões de anos.


1967 - O astrônomo inglês Anthony Hewish consegue captar sinais de rádio do primeiro pulsar, uma espécie de estrela que emite radiação no formato de pulsos regulares.


1971 - O pequisador canadense C.T. Bolt detecta a existência dos buracos negros que concentram a maior quantidade de matéria do Universo.